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Teoria Crítica

 



A teoria crítica da sociedade surgiu a partir dos estudos dos filósofos alemães da Escola de Frankfurt, Max Horkheimer e Theodor Adorno, os quais propuseram o termo indústria cultural, e tinham como objetivo compreender a arte na sociedade capitalista industrial. Descobriram estarem vivenciando, no início do século XX, um novo regime na ordem capitalista não mais liberal como analisado no contexto temporal dos escritos de Marx, mas se defrontavam com um caráter monopolista através da produção da cultura como mercadoria, fruto capitalista.

Na sombra dos privilégios básicos provindos dos capitalistas, inibiram paulatinamente o ideal revolucionário do proletariado sendo uma das estratégias do capitalismo monopolista para que as massas não aderissem às ideologias dos movimentos socialistas que se fortaleciam nas primeiras décadas do século XX. Por meio da manipulação e massificação dos produtos culturais houve uma banalização e descaracterização da “arte” fazendo pouco a pouco o público perder o senso crítico e tornar-se um consumidor passivo de todas as mercadorias propostas pelos meios de comunicação de massa.

Através da proximidade com o objeto de pesquisa, Horkheimer e Adorno uma vez presente na maior nação capitalista do mundo, os Estados Unidos, observaram, por exemplo, que o cinema a priori visto como arte passou a ser um dos grandes meios de manipulação de massa. Os filmes hollywoodianos passaram cada vez mais a vender a imagem da democracia americana, o estilo de vida, a maneira de agir e de pensar, a beleza que era e ainda é ser americano, ou seja, ser capitalista. Essa ilusão proporcionada pelos filmes estadunidenses ainda hoje é o que predomina nos padrões de filmes dessa indústria cultural mundialmente falando, que produz toneladas de longas-metragens cujo fim é entreter e lesar as mentes das massas para que nunca optem pela mudança de sistema socioeconômico (capitalismo), porque em time que está ganhando não se mexe. Eles tentam mostrar nas suas músicas, filmes, livros entre outros, a supremacia do seu modo de vida e cultura capitalista, reprimindo através dos meios de comunicação de massa qualquer ideário que fuja dessa lógica mercadológica.

Na arte forjada na indústria cultural procura-se a repetição, perde-se o modo artístico se transformando apenas em produto de consumo das massas. Uma música clássica como “Toccata e Fuga” de JohannSebastian Bach passa a ser apenas associada a uma cena de terror de um desenho animado, perde-se então o aprofundamento e o sentido da obra quando tocado ou adaptado para a indústria cultural. A massa então pode ter contato com obras eruditas, mas nunca saberá o que são de fato porque tudo é consumo, ninguém parará e pensará a lógica das coisas de fato, pois a frase “tempo é dinheiro” os perseguem. Só querem ingerir, consumir mais e mais, e isso só fortalece os detentores do poder, os capitalistas. Não é a toa que os consumidores exclusivamente dos produtos da indústria cultural são chamados de massa, pois são todos iguais, e se são tão semelhantes, manipular um é manipular todos, artimanhas da metodologia capitalista.