Roma: A Jornada da Cidade ao Império (para quem tem pressa)


A cidade eterna de Roma tece sua história a partir do século VIII a.C., quando pequenas aldeias se uniram, gerando o embrião de uma civilização grandiosa. Sob os alicerces da Monarquia, os patrícios, poderosos senhores de terra, controlavam o destino da jovem cidade-Estado. Contudo, em 509 a.C., um levante liderado pelos patrícios levou ao exílio do rei e ao nascimento da República.

O cenário da República revelou uma sociedade dividida: patrícios, plebeus, clientes e escravos. A cúpula do poder estava sob o domínio do Senado, exclusivo aos patrícios, enquanto a voz dos plebeus era quase um sussurro no coro da política. A insatisfação crescia, e em meio a revoltas, os plebeus conquistaram marcos significativos, como a Lei das Doze Tábuas e o direito de eleger Tribunos da Plebe.

Durante esse período, o exército romano trilhou caminhos de glória, conquistando territórios na península Itálica, enfrentando e triunfando sobre Cartago nas Guerras Púnicas, e expandindo-se para a península Ibérica. No entanto, à sombra dessas conquistas, o número de escravos, cativos de guerra, aumentava exponencialmente.


O século II marcou o auge do império romano, abrangendo vastas terras do norte da África ao mar do Norte, da península Ibérica à Mesopotâmia. Todavia, a partir do século III, alicerces começaram a abalar-se. A diminuição das conquistas, substituição de legionários por guerreiros germânicos, crises econômicas, guerras civis e o enfraquecimento do comércio culminaram em uma grande crise.

Na busca por estabilidade, o imperador Diocleciano implementou a tetrarquia, dividindo o Império em quatro regiões. Contudo, não alcançou o equilíbrio almejado. Foi Constantino, em 306, que unificou novamente o Império, erguendo a esplêndida Constantinopla como nova capital, buscando renovar o comércio e o vigor urbano. Nesse período, o cristianismo ganhava força, atraindo os estratos sociais mais baixos com sua mensagem de igualdade.


O imperador Teodósio, convertido ao cristianismo, estabeleceu-o como religião oficial de Roma em 391 e dividiu o Império Romano em duas partes: Ocidente e Oriente. Contudo, as fronteiras já eram pressionadas por povos germânicos, e em 476, os hérulos invadiram Roma, depuseram o último imperador, Rômulo Augusto, selando o fim do Império Romano do Ocidente.

E assim, a jornada de Roma - da humilde cidade à grandiosa potência imperial - ficou gravada na história, com seu legado ecoando nos séculos que se seguiriam.