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Codificação e Decodificação

 


Texto analisado:

HALL, Stuart. Dá Diáspora: identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, Brasília: UNESCO,2003.

O texto do teórico dos Estudos Culturais, Stuart Hall, intitulado de “codificação e decodificação” tenta explicar como se dá o processo de codificação e decodificação das mensagens dos mass media, além da tentativa de negar a participação passiva das audiências na recepção.

Hall contribui para as pesquisas sobre comunicação em massa, pois problematiza que o processo comunicativo é um complexo que transborda as delimitações de observações e enquadramento limitados somente como circuito linear (emissor/mensagem/receptor), mas de momentos distintos interligados (produção, circulação, distribuição, consumo e reprodução). Onde o sentido da mensagem tem que ser articulado com demais componentes do circuito para que concretize o efeito.

Assim teorias adornianas e Cia (abordagens behavioristas, que viam a influência dos meios de comunicação de massa nos termos de estímulo-resposta) que consideram o telespectador passivo e submisso às mensagens transmitidas pelos meios de comunicações são colocadas em xeque por Stuart Hall, através das duas peças fundamentais nesse processo: o codificador-produtor e o decodificador-receptor. Nem tudo que é produzido pelo codificador é assimilado pelo decodificador.

Para Hall, a hegemonia, seria um momento de transparência entre a codificação e a descodificação. Ou seja, hegemônico para o codificador significa que cada mensagem comunicada seja compreendida na íntegra sem contaminações, dessa forma o receptor iria exercer a chamada leitura dominante. Porém, os consumidores dos meios de comunicação nem sempre são subalternos, dizendo amém para tudo que as mídias oferecem. Apesar de haver a naturalização de vários códigos frutos das trocas de significados do codificador e decodificador.

Hall propôs três atitudes fundamentais dos receptores frente à recepção das mensagens ou três formas de descodificação, são as posições: dominante, negociada e a de oposição. A dominante também chamada de preferencial foi citada anteriormente, quando o sentido da mensagem é decodificado segundo as referências da sua construção. Na negociada, como o próprio nome sugere, há uma negociação na mensagem que adéqua as condições particulares dos receptores. E por fim a de oposição, onde o receptor entende a proposta dominante da mensagem, mas a interpreta segundo uma estrutura de referência alternativa.

A posição de oposição deixa o telespectador num patamar mais inteligível, pois o código de oposição sugere a luta no discurso, fugindo da inércia de pensamento para o controle da vida além do controle remoto.