Como seria o mundo se não houvesse Deus, Bíblia ou Cristianismo? Historiador dá a sua opinião


André Leonardo Chevitarese possui Graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1986), Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1989), Doutorado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (USP - 1997) e Pós-Doutorado em História e Arqueologia, pela Universidade de Campinas (UNICAMP - 2003). Atualmente é professor Associado Doutor II da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu Nacional da UFRJ e professor Visitante do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga grega, romana, judaísmo helenístico e paleocristianismo.Saiba + sobre o auto em
http://www.andrechevitarese.com/autor.html
O historiador e autor do livro “Cristianismo. Questões e debates metodológicos”, André Chevitarese afirma que sem a Bíblia e o cristianismo, o mundo continuaria a dar grande importância à religião, mas seria politeísta, pois segundo ele o culto a um Deus úni se espalhou a com a confecção dos livros que deram origem à Torá e ao antigo testamento, ainda no século 7 a.C, porém, foi com o Novo Testamento que esta ideia se difundiu.


Temos a Bíblia hoje como base na cultura ocidental. Para termos uma idéia de sua influência, basta voltarmos ao século 15, quando Gutenberg criou a prensa de tipos movéis e eolheu como primeiro livro a nela ser impresso, a Bíblia.

Chevitarese defende em suas teses, que se não houvesse sido criado o cristianismo, culturas, crenças e costumes regionais ainda existiriam, pois segundo ele, no politeísmo há mais tolerância e respeito entre as diferenças de credos. Outro fator apontado pelo historiador, é a ciência, “O cristianismo passou a ver as descobertas da ciência como um desafio a Deus e inibiu muitas delas”, diz Chevitarese, que ousa a dizer que caso fosse o contrário, o homem já teria povoado a lua.

Chevitares, ainda faz paralelos entre toda a história da antiguidade e a existência do cristianismo. Para ele após a criação da Bíblia muitos dos costumes já existentes na antiguidade foram modificados e adequados segundo o que conveio aos cristão. Segundo relata e acredita o historiados, o natal, data que comemora-se o nascimento de cristo, foi a apropriação de uma festa dedicada a um dos deuses Gregos (Mitra) e que dentro da Bíblia prega-se o trabalho como dignificação dos homens perante Deus, mas se sua existência fosse ignorada, o trabalho continuaria como na antiguidade, separado por elites e servos; a elite fazendo o trabalho intelectual e o restante do povo o trabalho manual.

Um tanto quanto polêmico, Chevitarese discorre em seu livro sobre sua real crença em que a Bíblia, veio como empecilho para o desenvolvimento da sociedade, principalmente, na medicina/ciência (clones, utilização de medicinas orientais, entre outros vários fatores).

Fonte: Gospel+